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PLURAL: os textos de Márcio Bernardes e Rony Cavalli

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O looping
Márcio de Souza Bernardes
Advogado e professor universitário

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Viramos o Ano de 2020 para 2021 e renovamos, talvez com mais sinceridade que nos outros anos, os votos de saúde e realizações. Duas coisas que no Brasil está difícil de vislumbrar no horizonte próximo. Muitos países já estão no processo de imunização de suas populações, desde dezembro do ano que terminou. Sim, 2020 parece ter terminado para eles que, com a vacinação em andamento, de fato vislumbram um horizonte com mais saúde e, assim, possibilidade de realizações.

VACINAÇÃO

Nestes países, o Estado (mesmo aqueles governados por negacionistas) tomou a frente, planejou, organizou a logística, participou dos processos de testes e aprovações das vacinas. Quando a vacina chegou, estavam preparados. Há pouco os vizinhos Chile e Argentina começaram suas vacinações coletivas. E por que não aqui?

Aqui no Brasil, a mesquinharia individualista e egoísta, além da burrice, não faz parte somente da esfera privada, mas também pública. O que estamos a perceber é que aqueles que hoje respondem pelas instituições estatais, em grande parte parecem comprometidos com interesses privados, ou de grupos econômicos, cujo foco está voltado somente para o lucro, para o ganho econômico. Eis o "bom e velho" capitalismo. Muitos não aprenderam nada com a pandemia.

POSTURA

O que vemos no Brasil "da virada" são entidades privadas, como a Associação Brasileira de Clínicas de Vacinas (ABCVAC), uma associação de clínicas particulares, negociando com o laboratório indiano Bharat Biotech, a compra de 5 milhões de doses da vacina Covaxin. O objetivo? Vender e lucrar. E o esforço coletivo? E a vacinação em massa, gratuita? Ah, isso depende da aprovação da ANVISA, que cada vez mais requer detalhes para aprovação de vacinas que já estão sendo aplicadas em diversos outros países. Além disso, temos um presidente que só faz tumultuar a situação e ministros incompetentes e desqualificados para o cargo que ocupam, baixando a cabeça para as loucuras do presidente. O resultado? Mesmo que a vacina chegue amanhã, não teremos quantidade suficiente de seringa e agulha para aplicá-la!

A sensação que tenho, nesta primeira semana de 2021, observando o circo de horrores que vai desde o alto escalão do Planalto Central até as praias e festas lotadas de gente aglomerada e sem máscara, é que, alguma coisa aconteceu por estas bandas. Na hora da "virada", ocorreu uma espécie de looping e ainda estamos em 2020.

O vice de ouro da capital dos gaúchos
Rony Pillar Cavalli
Advogado e professor universitário

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Iniciando-se novo ano e com este novos mandatos das administrações municipais eleitas, as quais desejo todo o sucesso possível, especialmente aqui em Santa Maria. Nas eleições estive em trincheira oposta à da administração eleita, porém sacramentada a vitória de Jorge Pozzobom, este é meu prefeito também.

NOVIDADES

Em relação às novas administrações, considerando o embate antagônico entre as duas propostas levadas ao 2º Turno, a Capital Gaúcha livrou-se de um desastre certo e escolheu a coligação que a colocará em outros patamares, especialmente se o vice-prefeito eleito, Ricardo Gomes, tiver protagonismo na nova gestão.

Conheço Ricardo Gomes da Antônio Meneghetti Faculdade, onde fomos colegas por um período em que o vice-prefeito da Capital também lecionou nesta Instituição. Além disso, atualmente posso dizer que sou seu aluno, visto que faz parte do timaço de mestres da plataforma "Brasil Paralelo", a qual já devorei praticamente todas as aulas e documentários produzidos e onde Ricardo Gomes leciona, com maestria ímpar, formação do Estado a partir da revolução inglesa.

O Vice da nossa Capital é um liberal com formação acadêmica sólida. É atual presidente da Rede Liberal da América Latina (RELIAL) e ex-presidente do Instituto de Estudos Empresariais (IEE). Chegou à política como assessor do deputado Marcel van Hatten, elegeu-se vereador e agora vice-prefeito.

GESTÃO PASSADA

Em que pese a gestão de Nelson Marchezan ter sido marcada por embates fortes e por um processo de impeachment que tinha mais por finalidade afastá-lo do pleito, não há o que se falar em relação à gestão fiscal da sua administração, tendo deixado não só as contas e salários de servidores em dia, como, inclusive, dinheiro em caixa e a presença de Ricardo Gomes na atual administração dá a certeza que a responsabilidade fiscal terá continuidade.

Porto Alegre livrou-se de Manoela D'ávila e do PCdoB e suas ideais fracassadas, especialmente a partir de um modelo que privilegia o inchaço estatal e miraram em um modelo liberal com a diminuição do tamanho da administração e participação do capital privado nos projetos que demandam infraestrutura e que o poder público não tem dinheiro para tirar do papel.

A Capital dos gaúchos dará um salto de modernidade, sem qualquer preconceito com a participação da iniciativa privada em parceria com o poder público e, especialmente, com responsabilidade fiscal. Ganha Porto Alegre e ganhamos todos nós com um político que tem muito a contribuir com o País. Prestem atenção no vice de Porto Alegre.


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